Haveria ainda passagem a fazer desde este poder sobre a vida para afirmar o poder da vida? Como, do fundo de tanta impotência, retirar a potência? Poderíamos, neste caso radical, buscar aprender que
potência e impotência não se opõem, mas se completam e reforçam
mutuamente? Sustentar-se-iam as palavras de Nietzsche de que é do fundo
de nossa impotência que extraímos nossa potência superior e de que
o mais assustador pode trazer em si o mais promissor? Poderíamos pensar
os corpos cansados como ainda não esgotados na busca de si e em sua
própria duração? Que trilhas eles poderiam ainda percorrer no espaço que
lhes foi barrado de passar e fazer passar? Pode-se ainda extrair uma
vida daquelas formas marcadas pelos golpes da cura que caracterizaram o
seu viver? O que resta, ali, para que se possa encontrar uma saúde no
sofrimento? O que ainda poderiam estes corpos que não agüentam mais e
precisam defender-se do que é mais grosseiro e que tende a fazê-los
sofrer na calma inércia? O que podem estes corpos quando olhados desde o
regime do sutil, quando olhados naquilo que neles se move e conecta-se
ao seu próprio desenvolver-se? O que podem os corpos quando olhados
desde o seu impossível? (GALLI, 2005). http://www.facebook.com/SuperficiesDosPorosAoSopro
O Fórum Permanente de Saúde do Sistema Penitenciário foi criado com o intuito de chamar atenção da sociedade para a gravidade dos problemas de saúde que afetam as pessoas privadas de liberdade no Rio de Janeiro e no Brasil. O caráter do Fórum é político, propositivo e de atuação permanente, onde as decisões são tomadas a partir de um colegiado formado por entidades e movimentos sociais que se relacionam com o tema e com os objetivos desse Fórum.
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